terça-feira, outubro 28, 2014

Logo´s de Aniversário

A Todos:
Que direta ou indiretamente contribuíram para que chegássemos ao decimo terceiro, decimo quarto....
.......aniversários de fundação; muitíssimo obrigado!
Abraços a todos.
Ninja - Presidente Fundador.

terça-feira, agosto 26, 2014

Dicas Básicas de Pilotagem

Amigos,
O objetivo não é ensinar o básico (ponteiro, ferrolho, distância segura e posicionamento alternado das motos), mas sim o "diferencial", aquilo que vai minimizar o risco e fazer o comboio chegar seguro no destino.
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Época de sol no centro-oeste, dezenas de eventos pipocando, muitos bondes sendo formados, e muita gente nova pegando bonde pela primeira vez. Sempre é bom dar uma relembrada nas boas práticas de andar em comboio (que sempre é perigoso!):
Dicas (em ingles), com animação:
http://www.sunsethog.com/group-ride-orientation
Mas também é importante conhecer vários outros macetes que só a prática nos traz, e que não são abordados na grande maioria das instruções de pilotagem em comboio (pois só tratam da pilotagem em si):
Combinar o roteiro e as paradas, e TODOS devem conhecer. Isso evita alguém ficar perdido. Alguém que parar pra fumar ou outras necessidades pode recuperar o tempo na estrada sabendo pra que lado ir. As paradas combinadas não devem ser alteradas depois que a viagem começar;
Viajar em grupo é em grupo, não é três ansiosos dispararem na frente e deixar os lentos pra trás. Não é um bando de gente indo junto pro mesmo lugar! Saída de posto por exemplo, é quando o último estiver pronto. Viajar em grupo é partirem juntos e chegarem juntos, é um cuidar do outro, é não deixar ninguém pra trás;
A segurança de TODOS é responsabilidade de CADA UM. Comboio não é lugar pra brincadeiras e falta de atenção. Mantenha a distância correta de segurança, atentando para possíveis carros que queiram se enfiar no meio. Conheça quem está à sua volta, como ele pilota, como ele freia, como ele faz curvas;
NUNCA, MAS NUNCA ultrapassem caminhões em descida pra ficar na frente dele. Se não tiver uma boa condição, é melhor esperar uma subida, ou uma boa reta;
Não disputem espaço na estrada! Sempre vai ter um carro que quer passar por cima de todo mundo. Deixem os caras com diarréia passarem logo!
TODOS devem ter o telefone de TODOS, para facilitar os contatos em caso de emergência;
Carro de apoio, vai ATRÁS. Não é na frente, nem no meio, nem do lado! É ATRÁS das motos! Motivos listados no final da mensagem;
NO CASO DE FILMAGENS:
- CUIDADO! é uma das coisas mais inseguras de se fazer na estrada, ainda mais em comboio.
- A pior situação é se for um carro filmando! Façam todos saberem, antes da partida, qual carro vai fazer as filmagens, e botem um adesivo na lateral direita E na parte traseira do carro para que durante a estrada as motos saibam que o carro que está atrapalhando o bonde e o trânsito é o que está filmando;
- Sim, carro filmando VAI atrapalhar o bonde, e o trânsito todo. O motorista do carro tem que ficar ESPERTO, condução segura sempre, e quem estiver filmando também. Lembrem que estão NA ESTRADA, não numa festa.
- Se for o carona filmando, sobre a moto, o PILOTO tem que lembrar também da condução segura. Nada de ficar costurando no meio do bonde! Lembrar que o garupa estará distraído e pode não estar preparado para aquela freada, acelerada, curva, etc.
- Cuidado com a famosa “disparada” para se adiantar ao bonde e filmar a passagem do mesmo. Combinem quem vai fazer isso, combinem um sinal pra isso, pra ninguém estranhar a disparada do sujeito. E para o piloto que fizer isso, CONHEÇA A ESTRADA! Ninguém quer chegar numa curva e ver o amigo lá embaixo no barranco porque não conhecia o traçado!
Motivos do carro de apoio ir atrás das motos:
- prejudica a visão da pista, vem um buraco por baixo do carro e a moto não tem tempo de desviar;
- carro freia diferente da moto (melhor que a moto), e em uma freada brusca do carro a moto tem que desviar, podendo espalhar pra contramão ou pra outra faixa, ou pro acostamento. Todas opções arriscadas!;
- as motos são mais ágeis, e naturalmente vão se distanciar do carro em trechos congestionados. Se todo mundo esperar pelo carro, o dia acaba e ninguem chega.
- o carro deve saber o roteiro, as paradas, e o contato de todos. Pode ficar pra trás, mas nunca perdido!
- a função do carro de apoio é… DAR APOIO! Se alguma moto quebrar no caminho e ninguém ver (o que já é sinal de comboio errado), o CARRO é o último recurso de ajuda.
 
DICAS ADICIONAIS PARA ESTRADAS DE PISTA SIMPLES:
- os maiores momentos de stress são atrás de filas de caminhões em trechos sinuosos. Forma-se aquela fila de carros atrás, todos impacientes. Mantenha-se CALMO e não force a passagem pelo “corredor”, muito menos pelo acostamento. Evite ficar prensado no meio da confusão, fique pra trás, deixe os carros se matarem lá na frente. Depois quando vier o trecho plano e reto, você “janta” todos eles.
- Estando na fila de carros atrás de um caminhão, e querendo ultrapassar aproveitando a potência e agilidade da moto, lembre-se que o carro à sua frente vai pensar a mesma coisa! SINALIZE sua intenção, com farol, buzina, pisca! Quando estiver ultrapassando a fila de carros, ligue o farol alto, vá buzinando, e afaste-se lateralmente dos carros. Mesmo assim, TENHA CERTEZA que algum carro vai se jogar pra esquerda pra ultrapassar, e jogar você para o acostamento da contra-mão!
- em subidas de colinas onde não dá pra ver o que vem na contramão, mantenha-se à direita (no traçado da roda direita do carro). Se aparecer um FDP (sempre tem um) ultrapassando em topo de morro, haverá menor risco de colisão frontal;
- mesma dica para curvas à esquerda onde não há visibilidade longa. Mantenha-se à direita em vez de fazer a tangência por dentro;
- Perto de carros e caminhões, em qualquer lugar, todo cuidado é pouco!
 


CRÉDITOS:
Bressan
El Bando Moto Grupo / Coord. Estadual Brazil Riders - DF

quinta-feira, julho 24, 2014

Palavras de sabedoria budista sobre as motocicletas

Monja Coen: a sabedoria budista e as motos
*Para quem ainda não teve a oportunidade de ler a entrevista que a Monja
Coen, líder DA Comunidade Zen Budista do Brasil, concedeu à Claudia Baptista de Souza, aqui vão os melhores momentos:*****

“Quilometro por quilometro, instante por instante. A moto tem muito isso,
você tem de estar inteiro, com atenção permanente. Você e a moto tem de se
Tornar um corpo só, e não uma dualidade. Se você pensar que é você e a
Moto, você cai. Tem de pensar que é uma coisa só. E prestar muita atenção
Porque você está em contato com o vento, sem proteção. Justamente por isso,
Seu estado de alerta tem de ser maior.****

As pessoas estariam mais saudáveis se andassem de moto porque é necessário
Um controle – e isso faz muito bem para o corpo e para a mente. A moto
Exige muita consciência.****

O que a moto tem de similar com a meditação é que você não pode ficar
Guiando a moto divagando, pensando em problemas e dificuldades. Tem de Esvaziar a mente, e isso não significa ficar sem nada na mente, e sim estar
Com ela aberta para as inúmeras possibilidades.****

Eu costumo dizer que a plena atenção, na meditação, é como uma lente
Grande-angular, que não tem foco único, mas está aberta a todas
Possibilidades. Ela não vai focar somente você, e sim todo o ambiente ao
Seu redor. E mesmo assim você estará em foco perfeito. Este é o foco que a
Moto exige: o foco do meu caminho, da direção e de tudo que há à Volta.****

A moto é como a vida. É ela que diz a você quando mudar a marcha, você não
Escolhe. Tem de ficar em sintonia com ela. E essa é a sintonia que a gente
Tem de ter com a vida. Quando é que eu não posso acelerar? Quando é que
Devo ir mais devagar? A moto é uma filosofia de vida. Se você não ouvir e
Sentir, cai. Existe uma frase no budismo que diz assim: “Vá reto por uma
Estrada cheia de curvas”. As pessoas pensam que você vai entrar na curva e
Se matar, mas não é nada disso. Seja macio na curva, seja a curva quando
Ela aparece. E isso a moto ensina, a ser flexível.”****

*Monja Coen foi uma das primeiras mulheres a guiar uma moto no Brasil e a
única a comandar um templo budista. Independentemente de nossa religião, as
Palavras acima são de Grande valia para todos nós.*****

Fonte:
Texto publicado originalmente por Giovanni Guida Júnior em seu blog.
Giovanni Guida Junior é advogado, proprietário de corretora de seguros,
Amante de Harley-Davidson e criador do blog

segunda-feira, julho 21, 2014

Lobo Solitário Moto Grupo apadrinha E.I.A. Irmandade

Aconteceu no dia 13/07/2014 no distrito de Tavares-Pará de Minas, o apadrinhamento da E.I.A. Irmandade pelo Lobo Solitário Moto Grupo.
Celebração que contou com a presença de Amigos de outras cidades e de outros Moto Clubes.
Tivemos a apresentação da Banda Sociedade Alternativa, cover de Raul Seixas.
Muito churrasco e muita cerveja gelada, muita alegrias.
Festa impar.
Veja algumas fotos:














quinta-feira, julho 10, 2014

“Eu sei que a gente se acostuma"


“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.”

Autora:
Marina Colasanti é uma escritora e jornalista ítalo-brasileira nascida na então colônia italiana da Eritreia.

segunda-feira, julho 07, 2014

Reportagem Gazeta Paraminense

http://www.gazetaparaminense.com.br/noticias/noticia/5202/0

Lobos nem tão solitários assim

Lobos nem tão solitários assim Desbravar os 4 cantos do país em cima de uma moto é lazer para poucos. Porém, além do lazer, essas aventuras pelas estradas também são uma filosofia de vida para criar amizades e aprender valiosas lições. Para falar sobre isso, a reportagem GP conversou com Damião Cosme da Silva, 49, um dos fundadores do 1º Moto Grupo da cidade, o Lobo Solitário. Saiba mais.
“A ideia surgiu em 2001, através do consórcio da minha moto, quando eu queria viajar para conhecer cidades em duas rodas. Aí, um compadre meu, o José Alves (Ninja) aderiu à minha ideia e foi formado, assim, o Lobo Solitário Moto Grupo que tem registro, brasão, atas de reunião... tudo dentro da legalidade. Na verdade, éramos apenas nós 2 os integrantes. A partir daí, fomos viajando de cidade em cidade, de encontro em encontro, fazendo amigos, mas sempre respeitando as leis de trânsito que é o nosso princípio básico. Afinal, esse é o quesito que diferencia motociclista de motoqueiro. Hoje, o nosso moto grupo conta com vários participantes”, festeja Damião.

É PERIGOSO? – “Tem dias que a estrada é um caos, porque muitos não usam seta, outros não sabem dirigir em uma rotatória e ainda têm os que brigam com você, sendo que eles é que estão errados. Alguns motoristas não estão qualificados para pegar o trânsito. Conheço motociclista que perdeu a perna na 1ª vez que encarou uma estrada e isso só acontece, porque eles não se prepararam. Não pode tirar a CNH e já querer pegar estrada. Graças a Deus, no nosso moto grupo, nunca tivemos envolvimento em acidentes, já passamos por situações arriscadas, mas nada fatal”.

MELHOR LUGAR? – “Já fizemos inúmeras viagens: Pirapora/MG, Itaúna/MG, Divinópolis/MG, Oliveira/MG, São Tomé das Letras/MG, Bom Despacho/MG, Morada Nova de Minas/MG, Curvelo/MG, Três Marias/MG, Santo Antônio do Monte/MG, Formiga/MG, entre tantas outras. Todas elas foram marcantes, porque em cada lugar que você vai sempre encontra belas paisagens e encantos. Fica até difícil escolher qual foi a melhor. Cada uma tem o seu detalhe especial, a sua beleza particular”...

COMO SER LOBO? – “O motociclista não adentra logo de cara, no nosso grupo, cujos integrantes são todos de Pará de Minas. Ele passa um período viajando conosco para avaliarmos como é seu comportamento na estrada; se é alguém íntegro; e se não abusa da velocidade. Fora isso, avaliamos a conduta moral dele na sociedade, no trânsito e junto à família. Nosso lema é sempre viajar e voltar bem para casa. Em relação às motos, somos bem ecléticos, pois temos integrante que tem Biz. Não corremos muito, porque a velocidade máxima em estrada é de 110KM/H. Então, é preciso ter uma moto que consiga atingir essa velocidade, para conseguir estabelecer essa velocidade máxima. Fazemos reuniões em todos os 2ºs domingos do mês, quando nos divertimos, fazendo um bom churrasco, trocando ideias com os motociclistas que vêm de outras cidades. Algo bem proveitoso”!

MOTO E LIBERDADE – “Liberdade é você pegar sua moto, ir para a estrada sem rumo certo para ir, sentindo o vento na cara”...

segunda-feira, maio 05, 2014

Aula de etiqueta motociclística

Aula de etiqueta motociclística


O brasileiro sempre se considerou um povo amigo, cordial e da paz. E é justamente por isso que nós, tupiniquins, costumamos quebrar duas das mais antigas e tradicionais regras do motociclismo:
1) Jamais, em hipótese alguma, sente na moto de outro homem sem convite.
Essa é auto explicativa. Antigamente, você poderia voltar com um olho roxo para casa por fazer isso, mas hoje parece que é necessário explicar que a sua moto não é um cavalinho de brinquedo para adultos tirarem fotos.
Há uns dez anos, aluguei uma vaga em um prédio residencial perto do local onde trabalhava. Como eu vivia duro, costumava deixar ela na rua, e tive várias peças roubadas por causa disso. Mas um amigo me descolou essa vaga e comecei a parar lá. Mas por vaga, entenda o direito de estacionar dividindo espaço com o Gol bola do dono do tal apartamento, que me cobrava dinheiro de pinga para fazer isso.
Depois de um certo tempo, comecei a perceber que a minha moto estava sempre limpa, mesmo indo debaixo de chuva para o trabalho. Até que um dia saí bem mais cedo do que de costume e descobri a razão: para impressionar uma vizinha que chegava todo dia as seis em ponto, o sujeito às vezes descia para a garagem com uma camiseta da Harley-Davidson (minha moto era uma Honda), e lavava a minha moto para fingir que era dele.
2) Nunca peça para “experimentar” a moto de alguém.
Tem um ditado em inglês que diz “Não peça pra andar na minha moto, que eu não peço para foder com a sua esposa”. Sério: você acabou de conhecer um sujeito, e mesmo tendo pouquíssima intimidade com ele, já pede para “experimentar“ a moto dele? Se você tem desapego pelas suas coisas, parabéns! Você está muito mais próximo da iluminação espiritual do que a maioria de nós. Então deixe a gente viver com o nosso atraso e simplesmente não peça para andar na moto de outro homem.
Se alguém quiser que você ande, vai te oferecer. Provavelmente torcendo pra você responder “não”.



Para Refletir:
“Às vezes não tem problema mexer na moto de outra pessoa, especialmente quando ela está caída em cima dele. Mas nunca quando ela está em exposição.”

quarta-feira, abril 30, 2014

Poema: Se

Se

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.



Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.


Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,de sonhar -
sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
 
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!
Rudyard Kipling

quinta-feira, março 27, 2014

PAIXÃO por MOTOS x PAIXÃO por MOTOCICLISMO

Créditos:
Otavio Araujo – Gugu   otavio@globalplayer.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.  , empresário em Taubaté/SP, 72 anos, com 53 de motociclismo.


Sou um apaixonado pelo Motociclismo desde a juventude quando ganhei de meu pai em 1958 minha primeira moto, uma Monaretta verdinha, ocasião em que dei uma guinada no conjunto de meus interesses, dando início a essa paixão que tenho por Motociclismo até hoje, mesmo beirando os 72 anos de idade.

Nesses anos de Motociclismo, possuí as mais diversas marcas e modelos de motocicletas e tive oportunidade de rodar/experimentar praticamente todas. Aprendi nesses anos que um amigo motociclista nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade.
Quando iniciamos esta aventura chamada Motociclismo, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros... 
Mas, ao chegarmos ao fim da jornada, já sabemos muito bem o quanto cada um foi importante para nós. Aprendi que temos que aproveitar a viagem e não apenas pensar na chegada.
Daquela época em que rodávamos sem capacete e nossas rodovias eram de mão simples até o presente com as maravilhosas máquinas com freios a disco, ABS, controle de tração, pneus sem camara, GPS e tantas outras inovações, rodando pelas excelentes estradas paulistas, nunca consegui entender motociclistas que tem paixão por determinada marca ou modelo de moto e não pelo Motociclismo como um todo.
Aprendi que Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
Ser fanático pelas HD, pelas BMW, por motos custom, speed ou esportivas e não pela possibilidade de novos horizontes, aromas, estradas, destinos ou vínculos de novas amizades conquistadas a cada viagem também ainda não consegui entender...
Nas conversas informais com motociclistas que interajo em minhas viagens sinto que alguns não estão curtindo a viagem e sim aquela moto.
Quando durante o papo inadvertidamente deixo escapar que não sou fã daquela marca ou modelo, sinto a conversa perder o fio, o entusiasmo.
Nunca deixo uma pequena disputa afetar a possibilidade de uma possível grande amizade.
Nunca pertenci ou viajei com qualquer moto clube ou moto grupo.
O Gau [João Gonçalves], amigo e grande motociclista, um dos maiores do Brasil, com milhares de km rodados, o qual muito respeito e tento copiar sempre diz: “Qualquer moto nos leva a qualquer lugar.” 
Os verdadeiros motociclistas são aqueles que interagem que relatam dificuldades/novidades, que estão lá torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida! 
Não importa quanto tempo nem quantos quilômetros vocês vivam afastados.
Quando algum amigo motociclista me consulta sobre aquisição de uma nova moto [que pode ser até uma moto usada] aprendi que o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias: quando são realmente pedidos e quando deles depende a vida. Na maioria das vezes, quem pergunta já sabe exatamente o que quer, pergunta apenas para saber se vc tem o mesmo gosto.
Motociclismo não é idolatrar determinada marca de moto, imaginar-se montado num tesouro tinindo de novo, de valor inestimável, viver divulgando seu alto preço e as vantagens insuperáveis de sua moto atual e escondendo os “micos” que todas têm.
Motociclismo é partilhar, compreender diferenças, apoiar, fazer da moto [seja ela qual for] uma ferramenta de união, de fazer novas amizades, de ensinamentos e partilhar roteiros fotos e aventuras.
À medida que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças em meu estilo de pilotar e eu desvendava os mistérios das estradas, os companheiros do motociclismo sempre foram os baluartes em minha vida, nunca, jamais uma determinada marca ou estilo de moto. 
Uma moto top da BMW/HD para mim é igual a uma Mirage da Dafra, o que importa é o ser humano que está montado nela.
 Meu fraterno moto abraço,
 Otavio – Gugu

quarta-feira, março 26, 2014

Quando a Moto vai para a Oficina

Saúde & Paz.
Achei esta imagem no site:http://www.hechoamanocustom.com/.... e fiquei imaginando que  é (ou pode ser) a realidade para muitos apaixonados por sua motos.

   Se Vc. é o próprio mecânico:
  - Fica imaginando qual a peça; ou onde esta defeito a ser solucionado?
     Até ai tudo bem, afinal Vc. mesmo põe a mão na massa e descobre; sozinho ou
     com ajuda de opiniões e orientações de amigos.

   Se Vc. teve que deixar a moto aos cuidados de outro(oficina ou autorizada):
   Ai a coisa pega............
  - Será que realmente este "cara" sabe consertar minha moto?
  - Será que a moto vai voltar inteira?
  - O mecânico disse que ""pode ser"" (esta resposta - pode ser) é a pior coisa que desejamos
     ouvir. Concordam????? rsrrssr.
 E tem muitas e muitas outras preocupações difíceis de enumerar.

 Realmente é de perder o sono.

 Deixo aqui a imagem ilustrativa que gostei muito.

Abraços a todos.


quarta-feira, março 12, 2014

A cegueira de movimento no motociclismo

Pilotos militares recebem instrução sobre cegueira de movimento durante o treinamento porque ela ocorre em velocidades mais altas e, até certo ponto, isto é aplicável a motociclistas também...

Os pilotos são instruídos a alternar o olhar entre varrer o horizonte e o painel de instrumentos quando em vôo, e nunca fixá-lo mais que alguns segundos num único objeto. Eles são orientados a manter a cabeça como se ela estivesse montada numa rótula e a movimentar os olhos continuamente. 
Isso porque quando se está em movimento, fixar o olhar num objeto por algum tempo faz a visão periférica sumir. Essa é a razão desse fenômeno ser chamado de cegueira de movimento.
Num acidente em que uma moto pilotada rapidamente atinge um veículo mais lento saindo de uma via transversal, os motociclistas geralmente afirmam não terem visto o veículo vindo da direita ou da esquerda. Eles não estão mentindo, apenas não viram realmente o outro veículo, mesmo à plena luz do dia, devido a cegueira de movimento.
Desse modo, nós motociclistas precisamos estar atentos a este importante detalhe ao pilotar nossas motocicletas.
Até cerca de três décadas atrás, esta técnica de “cabeça numa rótula & olhos se movimentando” era a única maneira de avistar outros aviões por perto. Hoje, os pilotos contam com radares, sensores e os mais modernos equipamentos de detecção, mas a velha técnica ainda tem utilidade.
Participe de uma pequena demonstração da cegueira de movimento.
É a mesma usada para pilotos em treinamento na salas de simulação antes mesmo que cheguem perto de um avião.
No link abaixo, vê-se um conjunto de cruzes azuis sobre um fundo preto.
Há um ponto verde piscando no centro e três pontos amarelos fixos à volta dele. Se fixarmos o olhar no ponto verde mais que alguns segundos, os pontos
amarelos desaparecerão aleatoriamente, isolados ou em pares, ou os três de
uma vez. Na verdade, os pontos amarelos estão sempre lá.
Confira em http://www.msf-usa.org/motion.HTML (abrirá em nova janela)

ANTES de fazer o teste, observe os pontos amarelos por algum tempo para você ter certeza de que não foram parar em algum lugar, que são constantes.
Assim, se estivermos dirigindo em velocidade numa rodovia e fixarmos o olhar na estrada à frente ou em qualquer outro ponto ou objeto, poderemos não ver um carro, uma moto, uma bicicleta, uma vaca ou um ser humano vindo de um dos lados ou mesmo à nossa frente. Mesmo na cidade em baixa velocidade é importante não fixar o olhar por mais de alguns segundos.
Recomendo que durante a pilotagem, procure sempre girar a cabeça olhando dos lados, assim também massageando sua nuca, piscando os olhos e nunca fixar algum ponto por demasiado tempo, como às vezes fazemos tentando ler a cidade da placa de um veículo que segue a nossa frente.
Pense nisso.


Créditos:::::::
Otavio Araujo – Gugu - 72 anos, motociclista a mais de 50, administrador, empresário em Taubaté/SP, roda de Honda Varadero XLV 1.000cc – e-mail: gugu@rockriders.com.br O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.